quinta-feira, 25 de março de 2010

Sinta na pele a dor do abandono dos animais

Infelizmente, ao adotarem animais de rua ou ao comprarem bichinhos de raça em lojas, muitas pessoas não assumem o compromisso de ficar com eles para o resto da vida. Esta é uma das principais causas da superlotação de abrigos e da sobrecarga de pessoas que assumem voluntariamente o papel de cuidar de animais abandonados, seja os adotando definitivamente ou procurando um novo lar para acolhê-los.

E as consequências para essas decisões impensadas de humanos que levam um animal pra casa por impulso e sem praticarem uma posse responsável não param por aí. Assim como os humanos, animais têm sentimentos, criam laços de amizade, ao mesmo tempo em que oferecem e esperam receber um amor incondicional de seus donos. Além disso, assim como nós, os bichos sentem a dor do abandono, que pode impactar de forma devastadora suas vidas para sempre, como é o caso da história que contarei logo a seguir.

Outro dia, assistindo um programa de TV, ouvi uma protetora relatando o resgate dramático de um cão que foi largado em uma estrada por seu dono. O rapaz parou o carro no acostamento, largou o cachorro, fechou a porta e foi embora. O bichinho ficou desamparado, desnorteado, e sem saber para onde ir, atravessou as pistas em busca de ajuda ou de algo que pudesse ajudá-lo a entender aquela situação tão descabida. Por sorte, uma pessoa passou, viu a cena chocante do abandono e ligou para a protetora, que foi imediatamente buscá-lo no local. Ao chegar até o cachorro, cerca de uma hora após ter sido deixado na estrada, a moça relatou que ele já havia sido atropelado várias vezes, estava rosnando e avançando nas equipes de resgate.

Felizmente, depois de muito custo, o cachorro foi colocado dentro do carro e levado para sua casa. E a partir de então passou por tratamentos, cirurgias, ganhou casa, comida e carinho, mas nada disso foi suficiente para que a dor e o trauma do abandono fossem curados.

Desde quando foi deixado na estrada, o cãozinho se tornou um bicho apático. Passa dias inteiros olhando inerte para a uma parede branca, sem se mexer nem mostrar ânimo para interagir com os animais da casa, também resgatados pela protetora. Há oito anos ele permanece assim, olhando para o nada, e, provavelmente, pensando o que fez o seu suposto melhor amigo tomar uma decisão tão fria, dolorosa e decepcionante.

Há um vídeo de uma associação de proteção de animais holandesa que ilustra bem a situação do abandono dos animais e que nos faz sentir na pele a dor inimaginável de perder a nossa história e as nossas referências. Assista, se emocione e nunca, mais nunca, abandone seu melhor amigo.

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