quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Churrasquinho de gato na China vai acabar e o de cachorro também

A dieta dos chineses pode ficar mais pobre em proteína, se a primeira lei de abusos contra animais do país for aprovada. E os cães e gatos chineses – agradecidos – terão um vida mais longa em vez de acabarem no espeto ou na panela.

A carne de cachorro é consumida em vários países da Ásia. Era especialmente apreciada pelos coreanos, até ser proibida em 1984. Nos últimos anos, surgiu uma preocupação: a possibilidade de que o consumo desse tipo de carne esteja ligado à transmissão de raiva para humanos. Já houve relatos de dois casos na China, um no Vietnã e duas mortes nas Filipinas.

Na China, a carne de cachorro é consumida desde 500 A.C. É um hábito em declínio - apreciado por uma minoria - como o consumo de carne de baleia no Japão. Apesar disso,  muitos chineses gostam. Nos Estados Unidos, onde o consumo desse tipo de carne é proibido em vários estados, alguns restaurantes chineses servem um prato chamado “imitação de carne de cachorro”. É carne de porco, preparada para parecer e ter o aroma e o sabor de carne de cachorro. Eca!!!

A carne de gato é mais apreciada no sul da China e há relatos de grupos de proteção de animais que tentam bloquear caminhões carregados de dezenas ou milhares de felinos que vão para os açougues da região.
A lei está sendo elaborada, pode demorar anos para entrar em vigor, mas o fato de a notícia ter saído nos jornais oficiais da China significa que a coisa está andando.

Segundo os jornais chineses, os apreciadores de pratos com cães e gatos apanhados em flagrante poderão ser multados, o equivalente a mil e quatrocentos reais, e pegar quinze dias de cadeia.
Já “organizações” envolvidas com essa prática receberão multas de até cento e quarenta mil reais. A imprensa chinesa não deixa claro que organizações são essas, mas supõe-se que sejam empresas que criam gatos e cães para abate e restaurantes que servem os bichinhos.

Como no resto do planeta, cães e gatos também são usados há séculos na China como animais de companhia. O cachorro pequinês - raça que existe há mais de dois mil anos -  era o mascote preferido da corte imperial chinesa. Agora, esse hábito está crescendo ainda mais com o aumento da classe média no país, que tem dinheiro para manter um bichinho em casa. E também está aumentado a consciência, digamos assim, “humanitária” em relação aos animais. Mas como dizem os americanos, “old habits die hard”, quer dizer, os velhos hábitos demoram a morrer.  Nunca se sabe se aquele lindo cachorrinho não vai ser servido com bambu e arroz colorido.

Fonte: Sushi de banana

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