sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Gatos fabricados em laboratório viram mania entre fanáticos por felinos


Foi-se o tempo em que o “chique” era ter um gato de raça simples, como um persa ou um siamês. Agora, cruzamentos de raças feitos especialmente para conferir aos felinos alguma característica especial começam a virar mania.

Já é possível comprar no Brasil um Burmilla, que surgiu o cruzamento de um exemplar de gato da raça Birmanesa com um Chinchilla. Resultado, uma cor cinza quase prateada e um pêlo áspero. Os olhos, verdes, também são maiores que o dos gatos “normais”.

A estilista Rita Wainer comprou um desses a dois anos, que ganhou o nome de Deuz. “Não escolhi a raça. Na verdade, eu fiquei pesquisando na Internet e gostei de um deles pela foto. Acho que foi o Deuz que me escolheu. Foi praticamente uma relação virtual. Um Burmilla como o de Rita custa cerca de R$ 1.000. “Achei muito caro, sim, pelo menos para mim, que nunca tinha pagado um real para ter um gato”, conta Rita, que antes era dona da vira-lata Theodora, que virou nome da sua marca.

O Burmilla é até barato se comparado com outro gato “especial”, o Ashera, criado em laboratório nos Estados Unidos pela companhia Lifestyle Pets. Ele é resultado da mistura de três espécies: o serval africano, o gato doméstico e o leopardo asiático. Resultado: gatos enormes e esguios, com pelagens que lembram a dos leopardos. O preço de um gato desses pode ser mais assustador que a manipulação genética. Um exemplar pode custar até US$ 28 mil. Por isso mesmo, o gato virou “objeto” de status entre os endinheirados americanos. Tem até a versão antialérgica e o gato ainda vem com um certificado do DNA.

A veterinária Luciana Deschamps, da clínica Senhor Gato, especializada em felinos, vê a nova mania com certa desconfiança. “Essas raças criadas são saudáveis e não apresentam nenhum problema específico. Mas ainda acho meio estranho manipular a natureza. Acho que mais interessante deixar que os cruzamentos entre raças ocorram naturalmente”, pondera.

Fonte: GNT

1 comentários:

Edw disse...

Totalmente contra. Não daria 1 centavo. Até daqui há uns anos os bichos começarem a ter doenças esquisitas genéticas.