Cães e gatos que acompanharem seus donos em viagens para outros países vão ganhar passaporte internacional. É o que determina um decreto publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União. O documento vai poder substituir os atuais certificado sanitário internacional e atestado de saúde para trânsito de cães e gatos - caberá ao dono decidir se prefere aderir ao passaporte ou não.
A expedição do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos ficará por conta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Segundo o decreto, o documento deverá ter informações de identificação do dono (nome completo e endereço), do animal (nome, espécie, raça, sexo e data de nascimento), da vacinação antirrábica e de exames exigidos pelos países de destino.
O decreto também prevê a implantação de microchips no bicho, como forma de identificação eletrônica. O microchip já é obrigatório para a entrada de cães e gatos na União Europeia e no Japão.
O Ministério da Agricultura informou que está elaborando uma instrução normativa para definir detalhes sobre o passaporte e a aplicação dos microchips. Em nota, diz que "o documento dará mais rapidez ao processo, já que o mesmo passaporte poderá ser utilizado para a viagem de ida e retorno de cães e gatos ao Brasil".
As regras para viagem internacional variam de acordo com a região - a União Europeia, por exemplo, permite ingresso do animal após três meses da realização do teste de anticorpos contra raiva; no Japão, a espera é de seis meses, informa o ministério.
"Hoje, qualquer cão que sai do Brasil para a União Europeia precisa ter o microchip, mas em países como os Estados Unidos, ainda é possível entrar sem ele", afirma o médico veterinário Marcelo Bauer. A clínica dele, no bairro do Morumbi, em São Paulo, implanta cerca de 60 microchips mensalmente, por R$ 75. O aparelho, revestido em capa de polipropileno, tem o tamanho de um grão de arroz. É implantado em menos de trinta segundos, na base do pescoço do animal.
Fonte: Época Negócios
Uma experiência divulgada na publicação científica Current Biology indica que um dos primatas mais próximos do homem compartinha alimentos de forma voluntária com outros da mesma espécie.
Anteriormente, acreditava-se que o comportamento mostrado pelos bonobos, também conhecidos como chimpanzés-anões ou chimpanzés-pigmeus, era exclusivo dos humanos.Na experiência, os cientistas Brian Hare, da Duke University, nos Estados Unidos e Suzy Kwetuenda, do centro para bonobos órfãos Lola y Bonobo, na República Democrática do Congo, deram comida para um dos primatas quando ele estava com fome.
A sala em que estava o bonobo que recebeu o alimento tinha outrosdois compartimentos adjacentes, facilmente acessíveis ao macaco. Um deles estava vazio e no outro estava um bonobo.
O primata faminto podia optar entre comer sozinho ou abrir a porta do compartimento – fechada com um gancho de madeira – e dividir o alimento com o outro bonobo.
Segundo o artigo de Hare, publicado na Current Biology, “descobrimos que as cobaias preferiram abrir a porta, voluntariamente para dividir a comida que eles poderiam, facilmente, ter consumido sozinhos”.
Eles agora esperam descobrir por que os bonobos, aparentemente, preferem dividir sua comida.
Segundo Hare, as razões podem ser simplesmente altruístas, ou o primata pode ser movido por um motivo egoísta, como a expectativa de uma troca de favores.
Fonte: BBC Brasil