Dizem por aí que gato só gosta da casa e não se apega a seus humanos. Eu discordo dessa afirmação: acho que eles gostam muito da casa, mas também têm amor e carinho pelos que cuidam do seu bem-estar. Aqui em casa, por exemplo, as gatas demonstram gostar muito da nossa companhia.
Quando viajamos, notamos que elas sentem nossa falta e se alegram infinitamente com nosso retorno. Percebemos isso no olhar, nas brincadeiras e no coraçãozinho batendo mais forte quando estamos de volta.
Linda "conversando" com meu pai através da janela da casa de praia
Hoje, trago duas fotos de minha primeira gata tiradas no último final de semana (ela ficou sob a tutela dos meus pais quando me casei). Ela se chama "Linda" e tem 14 anos (está quase debutando!).
Fomos passar dois dias em nossa casa de praia e a levamos por conta dos remédios que ela precisa tomar diariamente devido a um problema no fígado. Como existem cachorros na vizinhança e também por ela ser uma gata criada desde filhote em apartamento, não podemos deixá-la sair de casa, porque ela não sabe se comportar nem se defender dos perigos.
Mesmo assim, ela adora ir pra lá para ficar vendo o movimento das árvores pela janela, as formiguinhas andando no chão, os marimbondos e as borboletas voando.... Ela fica tão feliz nesta casa, que anda de um lado pro outro durante o dia todo. Diante das muitas novidades, até se esquece de tirar aquelas sonecas gostosas que os gatos não dispensam e que normalmente se estendem por horas e horas.
Mas, voltando ao assunto do primeiro parágrafo: trago esta foto aqui porque a Linda demonstra um amor incondicional por meu pai, que é seu guardião e grande amigo. Ela vai diariamente acordá-lo, faz companhia enquanto ele assiste TV e está sempre presentes na hora das refeições: quando a empregada coloca a mesa para o almoço, ela já vai correndo chamá-lo. A mesma coisa vale para o lanche. Quando ela percebe que o sol está baixando, já chega perto dele e começa a chamá-lo para a cozinha.E ái dele se não for! Ela tasca uma mordidinha, bem de leve, até que ele dê o braço a torcer.
E tem mais: a Linda tem um lugar só pra ela na mesa - ao lado do meu pai, é claro, e também ao lado de minha mãe, por quem também tem um carinho especial. Durante as refeições. ela fica sentadinha em uma cadeira observando o movimento da família e sentindo o cheiro gostoso da comida. Mesmo sem ganhar nada nessas horas (ela só come ração
diet por causa do problema no fígado), ela permanece lá, até que todos terminem de comer. E depois, claro, sai atrás de meu pai para onde ele for. Se ele for ler jornal, ela faz questão de se deitar em cima. O mesmo vale para quando ele vai fazer um jogo de Sudoku ou ler um documento. Na certa, a Linda está sempre por perto fazendo companhia e algumas gracinhas para o seu amigão.
Linda maravilhada com o movimento do lado de fora: tudo é novidade!
Definitivamente, a Linda não é linda? Ela realmente faz jus ao nome que recebeu ainda bem pequenininha quando chegou a nossa casa, tanto pela aparência (é uma vira-latas formosíssima), como pelo comportamento (é obediente e carinhosa).
No próximo final de semana teremos a companhia da Linda para uma nova viagem. Vamos ver se também consigo tirar boas fotos dela desta vez.
